Enquanto o governo federal não cumprir sua promessa realizada no início desde ano, de facilitar a entrada de fabricantes estrangeiros no Brasil, a chinesa JAC Motors não colocará em prática seus planos no País, que consiste na expansão de sua rede de concessionárias e a construção de uma fábrica em Camaçari, na Bahia, prevista para começar a operar em 2014, para a produção de uma família de compactos, que inclui um hatch, um sedã e um utilitário-esportivo nas alturas do EcoSport. Segundo Sergio Habib, presidente da marca no Brasil, o governo baixará o decreto em agosto. “Mas, sem as regras definidas, não temos como fazer a fábrica na Bahia nem aumentar a rede”, disse o executivo.
O decreto iria aumentar o número de fabricantes com unidade fabril no País ou em construção o direito de importar carros ao nosso mercado com IPI abaixo do convencional, estipulando um limite de unidades, para viabilizar as operações por aqui. Atualmente, os populares da JAC pagam 36,5% de IPI ao governo, enquanto os populares nacionais pagam 6,5%. “A medida foi drástica já quando adotada. Mas o dólar à época estava a R$ 1,70. Agora, com o dólar a R$ 2, a operação toda ficou muito cara. Por essa razão é que, sem o decreto do governo rebaixando o IPI, não temos como pensar em aumentar as revendas e muito menos em construir a fábrica na Bahia”, explica o presidente.
Com o decreto, que deverá promover uma redução de IPI para os automóveis importados para 6,5%, a JAC Motors iria, de imediato, começar a construção da fábrica baiana, que deverá produzir 100 mil carros por ano, o que dá uma média de 8,3 mil carros por mês. “Temos uma rede de 45 concessionárias. Essas revendas empregam 4.500 pessoas. A ideia era aumentar para cem lojas por causa da fábrica que teríamos em operação na Bahia até 2014”. Para vender os carros que serão produzidos na Bahia, além dos médios que continuarão vindo da China, a marca teria uma rede de 100 revendas. Com a planta e as novas concessionárias, o número de empregados da JAC seria duplicado.